OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

CRÉDITOS! CRÉDITOS! CRÉDITOS!

domingo, 9 de dezembro de 2012

“As vezes é preciso refletir se foi feito algum "mal" para pessoas que te amaram. Não é paranóia não. É verdade. Talvez você seja neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos seus olhos uma ameaça a essa individualidade, fica imediatamente cheio de espinhos - e corta relacionamentos com a maior frieza, às vezes fere, é agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém te toque profundamente para acabar com isso.” 

sábado, 25 de agosto de 2012

"Mas chega, se não houve troca, chega, porque amar sozinho é solitário demais, abandono demais, e você está nessa vida para evoluir, mas não para sofrer.Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz. "
Tati Bernardi

terça-feira, 17 de abril de 2012

Ja não serve mais!

E muito tempo se passou durante as horas vagas... E a música que eu escutava repetidas vezes, tive que substituir por novas vozes. Pois se é novo o momento, para que lembrar o ido, o frouxo, o genérico, o amor antigo,as coisas que foram levadas pelo vento? Eu que quero coisas de verdade, que sinto as coisas de verdade e busco histórias tão mais reais e me retiro dos platonismos com toda a falta de elegância que me foi ensinada. E não sei representar nem quando subo no palco, com os pés descalços, com a alma nua, declamando poesias que dizem o quanto eu gostei de ter sido tua. Mas agora sou minha, sou de vocês, sou do mundo outra vez.
E muito tempo se passou e durante instantes eu estive mais vaga que as horas todas. E cuidei dos vazios, e busquei os vazios inteiros, mergulhei fundo nos abismos, e achei que estar lá no fundo das coisas é tão bom quanto respirar na superfície. E das pessoas eu vi as sombras para proferir a luz, que é do mesmo tamanho. E das carícias eu recebi apenas as que tinham calor, pois este penetra a pele do poema que é a palavra.
E hoje, até posso olhar para trás, pois não sei andar de costas. Mas o passado, já dizia aquela música que escutei repetidas vezes, é uma roupa que não me serve mais.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Muito fácil proferir um lindo discurso sobre fé e confiança na vida, difícil é
entregar ao Poder Superior seus passos e colocar ação nas tuas palavras. Quando
se é contrariado, quando se vive uma frustração, no lugar da esperança,
colocamos um profundo ressentimento e cumprimos com maestria o papel de vítima
dos acontecimentos. Muito fácil arranjar um réu que nos tire a responsabilidade
do crescimento. Muito fácil amparar um amigo dizendo que a cura está no tempo,
difícil é acreditar que o tempo vai passar e que haverá cura nele quando a dor
está em nós. Fácil demais insistir naquilo que já pressentimos ou até temos
certeza de que não nos serve mais, difícil é se comprometer com o seu
amor-próprio e se livrar do peso que é tentar mudar quem não deseja mudança
alguma. Sempre teremos uma justificativa, um bom motivo ou um argumento
irrefutável para prolongar a nossa infelicidade. Admitir que não temos as coisas
sob controle é doloroso e quase inaceitável. Usamos a manipulação para tudo. E
este movimento é sempre muito sutil, às vezes, até inconsciente. Mas é preciso
estar preparado. A vida não nos avisa com antecedência se os próximos instantes
serão de alegria ou sofrimento, mesmo quando achamos que estamos fazendo tudo
certo.Mas quando há a entrega, quando há uma certa evolução espiritual, uma
confiança de que tudo é instrumento para o nosso melhoramento, as adversidades
não se tornam menos desconfortáveis, mas a consciência de que esta também é
passageira, nos faz focar numa solução, não chafurdar no problema...Estive
chafurdando no problema até que tudo se tornasse cansativo demais e eu me
lembrasse que estava sendo leviana ao proferir meu discurso otimista e
bem-resolvido sobre tudo. Quando tive que colocar ação nas minhas palavras,
descobri que a nossa crença deve ser renovada diariamente e que não vivemos
apenas do acaso. Mesmo que você tenha encontrado seu grande amor na esquina de
uma rua qualquer, foi preciso que você andasse até lá, mesmo que você tenha
conseguido o emprego que almejou, foi preciso que alguém te indicasse ou que
estudasse o suficiente para tê-lo. Mesmo que você tenha perdido um ente muito
querido e não consiga ver possibilidade de restauração desta perda, existem
outras pessoas nascendo no mundo e que vão cumprir sua missão nesta existência
dentro do tempo concedido a cada um. Eu nunca vi lamentações resolverem
problemas...
"... É que eu ainda não esqueci como se escreve o começo de um romance. Só aprendi
que o interesse do leitor vai depender da minha primeira frase.
Então eu prefiro que você volte amanhã. É que eu preciso sentir saudade antes de me apaixonar... "

Pensa Nisso!


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Eu sei que não foi você que desarrumou minha vida e fez essa bagunça toda que tive que arrumar gradualmente enquanto cuspia minha raiva, minha dor, mas, por favor, para entrar aqui agora é preciso pés descalços e nenhuma armadura. É por eu não ter deixado de confiar nas pessoas que te peço isso. Não existe tristeza em mais nenhum canto desta casa, tudo foi limpo e adornado com amor, saiba receber esta dádiva. Não quero saber agora o que você traz do seu passado enquanto a água do chá ferve, e também não me pergunte o que me aconteceu para que eu esteja assim, tão direta. É possível que eu te convide pra dormir aqui esta noite ou te mande embora às três da manhã, espero que não se aborreça ou crie expectativas enquanto ponho a erva doce na água quente. Eu não tenho açúcar, empedrou desde que. Enfim, você quer com ou sem adoçante? Não me prometa nada, eu vivo um dia de cada vez, só tenho memória recente. Sobre ontem, pouco lembro, sei que fui dormir e antes conferi se todas as portas estavam trancadas e se eu estava feliz. Também sei que ainda era cedo, e que fazia muito frio. Mas, sim, eu estava feliz.

Vou deixar apenas a luz do abajur acesa, e o seu cd de jazz tocando bem baixinho pra que eu escute como foi seu dia e o que você gosta de ler. Não é que eu não goste de me expor, mas a semana passada já faz muito tempo pra mim. Mas se te interessa saber, meu coração está desocupado e eu gosto quando você me abraça forte. Talvez isto seja o suficiente para que você chegue mais perto de mim e conviva sem se incomodar com o silêncio que eu carrego nos olhos. O que me atraiu em você foi a sua beleza física com esta sensibilidade e inteligência juntas.Mas aprendi a descartar até essas qualidades em um homem se não houver essa nudez de alma. Os inteligentes podem ser muito espertos e cruéis. Os bonitos podem ser uns tolos. E os sensíveis, muito dramáticos. Eu não estou endurecida, só aprendi a observar com certa malícia, preservo minha inocência, mas me arrancaram a ingenuidade à força, disso eu lembro. Não me fizeram mal algum, nada que não houvesse a permissividade da minha carência. A responsabilidade também foi minha. Você está confortável nesta posição? Aprendi a me enroscar num outro corpo como se eu fosse uma extensão dele. Eu gosto de me aninhar no afeto, nasci para ser acariciada antes, durante e depois do sexo. Mas hoje talvez eu queira que você vá pro seu apartamento_ me deu vontade de escrever alguma coisa sobre a sua voz, antes que ela fique no passado.

Se quiser esquecer seu cd, talvez eu te convide pra jantar amanhã. E te leia alguma coisa mais doce que aquele açúcar empedrado. É que eu ainda não esqueci como se escreve o começo de um romance. Só aprendi que o interesse do leitor vai depender da minha primeira frase.

Então eu prefiro que você volte amanhã. É que eu preciso sentir saudade antes de me apaixonar.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

domingo, 28 de agosto de 2011

Um novo retrato



Talvez eu nunca tenha sentido as coisas assim, tão genuinamente: a raiva, o amor, a alegria, a tristeza, a ansiedade, o afeto, o sexo. As minhas emoções têm emergido sem qualquer filtro, sem qualquer disfarce. E pela primeira vez eu me permito ficar com elas dando a cada uma a importância que me pedem, porque elas não me governam, são apenas emoções, são a minha transparência.

Sempre confundi a espiritualidade com um estado de bom-humor contínuo, uma expressão caridosa constante e a compaixão sempre presente. Talvez por isso, até a alegria me doesse às vezes, pois no fundo, eu queria esconder que dentro de mim havia também certo egoísmo, uma maldade latente, uma força para machucar que é nada além de uma forma humana de defender-se da ilusão de que algo possa feri-lo fundamente. Não respeitava meus instintos quando queria ser a melhor companhia para os outros o tempo todo. E errei muitas vezes na tentativa de acertar. E me feri em diversos momentos dando aquilo que eu não tinha ou queria. Sendo alguém que eu não estava.

A aceitação que eu buscava vinha de uma falsa compreensão que eu oferecia ao outro. Quantas foram as vezes em que eu simplesmente estava entediada com o drama alheio e me fiz prestativa e disponível no instante em que eu só queria respeitar minha vontade de solitude e ficar absorta nos meus próprios devaneios. Quanto tempo foi gasto procurando coisas e pessoas que preenchessem minhas lacunas quando eu apenas precisava do vazio; de estar comigo na feiúra e na beleza que carrego.


Como me arrependo do choro engolido, do elogio economizado, do insulto recebido sem me posicionar, da "trepada" sem afeto, do poema forçado, do colo que não pedi, do conselho que dei quando eu mal sabia de mim mesma, da ferida que causei por um motivo qualquer, da ferida que me fizeram e que não curei com o perdão.

Quantas palavras foram gastas para falar do silêncio. Quantos abraços foram aceitos impregnando o meu campo energético com um peso denso, e quantas vezes me protegi de uma carícia sincera. Quantas vezes suguei e fui sugada chamando isto de bondade. Quanto mais adequada eu tentava ser, mas eu me perdia do que eu era. E abafei minha loucura no peito comprimido para ser socialmente agradável. E escrevi coisas otimistas quando estava sofrendo de tanto medo. E ninguém sabia que aqui do outro lado eu estava chorando. E deixei que me julgassem sábia quando sou apenas mais uma buscadora tateando no escuro à procura da luz que pretendo beber a grandes goles.

Sou tão humana, Meu Deus! E no processo de lapidação, joguei fora algumas das minhas arestas, que talvez fossem o que eu tinha de mais valioso. Sou apenas alguém que escreve, que oscila, que anseia, que sofre, que ama, que acorda de madrugada pra pensar e tem inveja dos que dormem tão profundamente àquela hora. Não tenho nada que outra pessoa não possa desenvolver também. Não há limite que eu não possa superar. E se você me encontrar por aí, ou por aqui dizendo coisas e mais coisas, duvide de mim também. Sou apenas mais uma na multidão que, enquanto caminha, vai deixando pra trás certezas, adereços, endereços...


Sou apenas mais alguém que..

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Você Aprende!

Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.

Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

William Shakespeare