OBSERVAÇÃO IMPORTANTE

CRÉDITOS! CRÉDITOS! CRÉDITOS!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Passos Escuros


" (...)Eu admiro o que me faz voltar
A ver a vida como eu sempre quis
Minhas verdades ninguém vai mudar
Nem apagar o que foi feito aqui
Hoje eu sou o que restou da dor
Da minha dor, não posso me esconder.
Mas que a verdade seja dita agora
Que a vida me leve afinal
Não tenho mais medo de errar e aprender
Com os meus passos escuros
Eu mudei por você
Mas não quis sofrer
Por ser tão real pra mim
Vou, aprendo a viver.
E num segundo perder
O medo de ser quem eu sou
Ser quem eu sou!(...)"

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Palavras bem ditas ainda que mal pensadas

Hoje, me dei conta das palavras ásperas que já ouvi sair dos seus lábios, logo você, que eu tanto amo, você que me conhece como ninguém, que me viu nascer, crescer, falar, andar, você que eu contei sobre meu primeiro beijo, e confiei; minhas amizades, sonhos e planos, com você compartilhei.

Já perdi a conta de quantas vezes, te defendi, e com orgulho te bajulei, quantas vezes por você chorei, me humilhei, mas não tive vergonha de demonstrar o quanto te amei.

Ao me sentar, aqui, sozinha, busco na minha lembrança, uma só palavra de carinho vinda de ti, mas infelizmente não me recordo.
Nesse tempo que vivemos sobre o mesmo teto, tivemos diferentes experiências, eu vivi te dando meu carinho, e você viveu me dando seu desprezo.

Debruço-me sob as fotografias guardadas, e o que posso encontrar, são fotos rasgadas, pedaços de um passado tão pouco agradável, mas ainda melhor que o presente.

Lembro-me ainda, como se fosse hoje, o dia em que você mais me magoou, ouvi de você palavras que eu não podia esperar nem de um grande inimigo, busquei em cada canto, cada palavra, uma resposta pra toda sua revolta, mas cada palavra que trocava com você, percebia o caminho de espinhos a minha frente, e como covarde, me recusava a me rasgar por seu veneno.
Me recordo, que em uma das muitas noites, que sofri com seu desafeto, sentei-me com minha caixa de “lembranças”, nela tinham imagens, imagens nossas, peguei uma a uma, e lembrei-me daquele momento, me peguei pensando em cada situação que vivemos para estarmos tão sorridentes em cada foto.. Mas aquele sorriso já não me era freqüente, peguei aquelas fotos, inclusive uma que estampava um dos porta-retratos do seu quarto e dividi, cortei-as ao meio e devolvi apenas a Sua imagem, com singelas palavras:

(...) “Estou devolvendo a você, a sua imagem, a qual não me pertence mais, a nossa separação em cada foto, significa pra mim o que você fez com nossa relação de amigo, nossa relação de irmão, e não se espante com a gota de sangue que acabou molhando o papel, é que eu apenas queria sentir no corpo, a dor que você tem me feito sentir no coração” (...)

Ao voltar pro aconchego do meu quarto, debulhada em lágrimas e dor, pude perceber que a dor que meu coração sentia, era bem maior, do que o rasgo feito na minha mão com a tesoura.
Lembro-me que não o vi chegar naquele dia, mas ao acordar, você já não se encontrava em casa, vi em minha mãe e meu pai, um rosto preocupado, um rosto magoado, afinal com seu egoísmo, você não tinha machucado somente a mim; Decidi então, que a partir daquele momento, eu procuraria em outro coração o amor de irmão que eu precisava, mas você era incapaz de me dar.

Com toda sua covardia, eu via ali, jogado aos cantos, um coração perdido, um coração vazio, incapaz de amar qualquer pessoa, poderia te definir como um covarde sem caráter, mas enfim, era meu irmão, e eu precisava te ajudar, pois apesar de tudo, meu coração pedia pra te amar.

Um pedido de desculpas, e meia dúzia de palavras bem faladas, ainda que mal pensadas, fizeram trazer de volta a minha face, um sorriso; prometemos-nos que jamais magoaríamos um ao outro, e que viveríamos como irmãos na verdade.
E foi assim, por 5 ou 6 meses,pois logo vi aquele monstro ir tomando conta novamente de você, e eu me perdi por completo, eu já não sabia mais o que fazer, já não tinha saída pra essa sua “agressão” sem nome.

Acho que se a cada palavra dita, você tratasse de me dar um tapa, sentiria menos dor.

Rezei, era tudo que eu podia fazer naquele momento, e mais uma vez, você mudou.
E dessa vez durou mais, mas infelizmente, tenho visto esse monstro ainda tomar conta de você, nos dias de bem você é um grande irmão, mas nos outros, não passa de um desconhecido agressor verbal.
Tenho medo, de, ao tentar te desvencilhar dos espinhos, me queimar com seu veneno, mas eu não vou desistir, sabe porque? Porque eu te amo e você é meu irmão, então essa é a minha missão.

Hoje, aqui, ainda sobre minhas lembranças, você conseguiu mais uma vez se transtornar e descontar em mim o seu desengano, olhar em meus olhos e dizer que sou mal amada, não vou chorar, porque, como eu, poderia ser bem amada, se não posso ter o amor de uma das pessoas que mais amo na vida?

Então, pra não sofrer, resolvi te escrever, ainda sabendo que você pode não ler, mas só pra te pedir, pedir pra me devolver a alegria de viver, alegria de ter um amigo, de ter um irmão, e pra te falar, que Amores desconhecidos, não me importam, eu necessito em minha vida mais do seu amor, do que o amor de homem e mulher.
E te pedir, que não magoe mais o meu coração, porque já não tenho mais condições de sofrer, eu sempre vou estar ao seu lado, independente de qualquer coisa, então compartilhe os seus problemas, sorria mais e brigue menos, prefira o abraço ao grito, prefira o amor, alegria e a paz.

E se não for demais, queria apenas uma coisa..
EU POSSO ESPERAR O TEMPO QUE FOR, MAS VOLTA A SER MEU IRMÃO?

(...) Não sei porque você se foi, tantas saudades eu senti, e de tristezas vou viver, e aquele adeus não pude dar.. (sorte que não era definitivo), Você marcou na minha vida, viveu, morreu (e renasceu) na minha história, Chego a ter medo do futuro (porque já vivi várias vezes ele, sem nenhuma mudança e novidade), e da solidão (solidão, carência de irmão) que em minha porta bate.
E eu, gostava tanto de você (eu não gostava, eu gosto).
Eu corro e fujo dessa sombra (por não ter mais condições de sofrer), em sonho e vejo esse passado (que tanto me magoou), e na parede do meu quarto, ainda está o seu retrato (aquele que estávamos juntos, e eu me tirei da foto, pra devolver a você sua imagem, tentando te devolver a felicidade que eu via ali naquela foto), Não quero ver pra não lembrar, pensei até em me mudar, lugar qualquer que não exista o pensamento em você. (porque é bem difícil suportar os seus devaneios e êxtases intensos).
E eu, gostava tanto de você (eu não gostava, eu gosto).
E eu, amava tanto você (eu não amava, eu amo).(...)

Gostava tanto de você – Tim Maia (com adaptações)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Aquecimento

Aquecimento...Eles correm no campo, as mãos dele descobrem meu corpo com a destreza que eles têm pra conduzir a bola com os pés, um giro, um drible, estou sem fôlego, ele me pega com força, estão na nossa área, talvez um chute a gol, ele enrola meu cabelo na mão, o goleiro defende, puxa-os pra trás com uma violência delicada, não machuca, foi só um susto, tiro de meta...

Um, dois gols, quero mais. Ele também. Ninguém se contenta com o gozo de dois gritos apenas, podemos muito.Quero tudo em absoluto, Freud explica, Ricardo irrita.Os estampidos de champagnes sendo abertas no meu ventre e o líquido espesso borbulhando no látex...Um gole na cerveja e voltamos pro beijo: o tempo urge, a vida é curta e eu quero o Título...Você também?Talvez tenhamos um pouco mais de pressa nesses quarenta e cinco do primeiro tempo, mas gosto da precaução...

Não mudei de titular, os tricolores reclamam dos jogadores, adoro sua técnica de tocar no canto certo, de finalizar bem os escanteios. A taça do campeonato é nossa, cansados todos, suados e felizes...exausta e mole,agora é só correr pro abraço...Quase saciada e rouca...Oba! Segundo tempo?
Reclamam do toque de mão, eu não. Gosto do jeito que ele toca,pareço um instrumento; desconheço a combinação das notas e as regras do impedimento. Cartão amarelo pra quem? Deixa pra lá, é pro time adversário,tomara que seja expulso enquanto eu vibro em vermelho.
Abre aqui pela direita, FALTA (!), ia meter pela linha de fundo mas preferiu se posicionar na frente.........Falta é criatividade nesse meio de campo, aqui não...Acabem com o time, acabe-com-essa-minha-gana!!!Mordida.. CENI SALVA OUTRA VEZ!!!!!!!!Que reflexo!!!!O rebote é nosso, a enfiada no meio de campo é sua e lá vem a oportunidade de mais um GOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLL!!!!!Eles correm pro abraço, eu permaneço no seu...
Recomeça a partida, a nossa defesa retoma o lance, posição de perigo, alguém se adianta, lançamento pela linha de fundo......... IMPEDIMENTO!!! Haja coração!.....Soa o apito, toca aqui, toca ali, “que posição legal!” , olho no lance que os meus estão fechados, agora o mérito é do triângulo mágico: “a conseqüência de jogar com esse time é que é muito contato físico!” e o narrador conclui: “o problema é na defesa....” Concordo, as minhas estão todas abertas...
Pronta pra enfiada de bola... olha lá: "na TRAAAVE!!! O espaço é estreito com uma goleira dessas!"
Jogo suado, sofrido, mas muito boa a atuação da equipe e esse seu espetáculo particular.......

Próximo jogo: na minha casa ou na sua?

Resultado: São Paulo três pra zerar esse peixe_ próxima partida rumo a FINAL!

Obs: Demitindo Galvão ou a sugerindo uma narração mais emocionante.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sem palavras!

Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver Amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.

Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé ao ponto de transportar montes, se não tiver Amor, nada serei.

E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres, e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver Amor, nada disso me aproveitará.

O Amor é paciente, é benigno, o Amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece,

não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal;

não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;

tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O Amor jamais acaba; mas havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passarão;

porque em parte conhecemos, e em parte profetizamos.

Quando, porém, vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado.

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.

Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face; agora conheço em parte, então conhecerei como sou conhecido.

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o Amor, estes três: porém o maior destes é o Amor.



1 CORÍNTIOS, 13

Amigos - Anjos

Eu nunca fiz amigos tentando ser interessante. Todos os amigos mais íntimos que fiz foi porque me interessei verdadeiramente por eles. Me interessei pelo que doía, pelo que o fazia gargalhar, pela forma como banalizava histórias tristes, pelo jeito com que dramatizava fatos aparentemente banais...Todo mundo quando descobre certa receptividade no outro abre seu coração com tamanha generosidade, que fica difícil não fazer o mesmo. Porque a escolha é sempre nossa. A gente se abre, o outro percebe e se abre simultaneamente_ sempre nessa expectativa do encontro. E quando flui, tudo nos parece mágico.Mas depois vem o que fazemos com tanta informação, com aquela confissão, com aquele momento de entrega. É isso que vai solidificar o que quer que tenha começado. E quando isso não é um dom, é um exercício.Sempre tenho a impressão de que meus amigos têm talento para sê-los. Que são pessoas que nasceram pra essa troca incrível, com esse jeito maravilhoso de encher de sagrado qualquer encontro. Sempre lembro que se fulano (que para mim vive em outro patamar espiritual, emocional, intelectual, etc) me es-colheu, é meu termômetro pra pensar: “vá em frente, você está vibrando na energia certa”!...Isso me faz acreditar mais em mim e a ter vontade de me melhorar diariamente porque sei que o quer que eu faça ou fale, nunca será o suficiente para parar de investir numa relação: o ser humano é dinâmico, está em constante processo de mutação e carecendo de novas trocas.Com minhas amizades aprendo, inclusive, a me relacionar afetivamente com pessoas mais saudáveis quando reflito: “beltrano, seria alguém que eu indicaria para minha melhor amiga ou uma filha?”Quando a resposta é NÃO! O que me fez pensar que seria o melhor para mim???É o tipo de amor que não me deixa estagnar na consciência, mas me leva à ação.Tudo que eu sou eu devo ao que fui, à minha criação, ao que me doeu longamente, às alegrias que tive, às pessoas que conviveram comigo,aos valores que me passaram e ao que transcendi. Tenho tanta consciência da importância do outro na minha vida que digo que sou viciada em gente: com seus problemas, suas virtudes, sua simplicidade, ou complexidade, com sua disposição pro amor ou a sua dificuldade de. Porque eu sempre vou encontrar casa numa característica, qualidade ou defeito do outro, nem que seja pra rejeitar naquele momento e me sentir superior ou inferior. Tudo é instrumento para que eu me trabalhe quando me deixo vir à tona através das projeções que faço.Não sou uma pessoa fácil, embora quem me veja, ache que sim. Às vezes me alimento das belezas que as pessoas me dão ou me desprezo quando me rejeitam.Sou exagerada em tudo:oscilo demais, fico melancólica demais, alegre demais, agressiva demais, doce demais, carente ao extremo, independente além da conta. Mas sempre tento estar atenta a minha responsabilidade, a ter o cuidado de dizer ao outro que o processo é meu, o problema é meu ...que ele me trouxe à tona e que às vezes no primeiro impacto isso pode ser assustador. Porque a honestidade sempre salvou as minhas relações e me permitiu ser amada sendo quem eu estava, porque somos o que estamos.Depois descobri que a gente se desilude com amigos sim, mas que ninguém tem tanta força pra me ferir. Só terá se eu der a ele esse poder. E que quando abraço uma pessoa inteira( porque eu, sinceramente, não consigo abraçar sem entrega), sei que estou trazendo pra minha vida uma pessoa com tudo o que ela tem dentro: seu passado e tudo o mais que a formou além da essência. E acredito tanto na minha intuição e na minha sensibilidade que confio que sempre haverá a troca_ de um jeito torto, truncado ou fluido_ eu só dependo da minha criatividade: com ela eu escolho se usarei meus vazios e minhas decepções pra me lamentar ou como espaços que eu tenho pra crescer ou, ainda, se saberei aceitar amor e confiar simplesmente.É por isso que críticas podem até me baquear, mas não me desnorteiam e que elogios me nutrem, mas não me envaidecem (mais)...Porque nunca fiz amigos tentando ser interessante...
"Era alguma coisa que seria amor ou não seria. Caberia a ela, entre milhares de segundos, dar a leve ênfase de que o amor apenas carecia para ser(...) Um segundo antes ainda poderia não amá-lo. Mas agora, suavemente, vaidosamente: nunca mais. No mesmo instante teve uma sensação de tragédia... E agora era tarde demais_ qualquer que tivesse sido o sentimento gerador, este para sempre se volatilizara. Era tarde demais: a dor ficara na carne como quando a abelha já está longe. A dor, tão reconhecível, ficara. Mas para suportá-la fomos feitos."(Clarice Lispector)

Uma carta a mim .. recupere o juízo!

Gaby,

Escrevo enquanto te olho por dentro. O que vejo nem precisa ser bonito, nasci para amar tudo que vem de você.Escrevo pra te fazer um afago.Porque te conheço inteira, naquela hora em que tudo é silêncio e sombra, naquela hora em que sua gargalhada é um sol.Desse seu corpo que nasceu para abraçar, eu conheço cada poro, cada taqui-bradi-cardia.Conheço cada sopro, cada falha na tua voz.Toda a força do teu canto desafinado, eu conheço.A intensidade do teu gozo, a fluidez das tuas palavras orgásticas que não admitem tutelas. Eu te conheço além da tua relação anti-convencional com teus homens. Com essas pessoas que você ama.Com essas que você se recusa a odiar porque não quer despender energia pra isso.

Eu te conheço doendo. Eu te conheço em paz.E sei quando você finge que nunca fingiu um orgasmo.E é por isso, Gaby, que eu sou a pessoa que mais poderia amar você.Porque não me interessa onde você erra, me interessa o que você aprende, apreende, absorve.Me interessa é como você se transforma. Interessa é o teu olhar de novidade derramado sobre as coisas simples e cotidianas como se descobrisse a essência do mundo diariamente. O que interessa é esse seu medo da morte, a sedução que ela exerce sobre você e o teu instinto de vida tão maior que tudo.Eu te conheço boêmia, anestesiada porque tua intensidade sufocando, apertando os dentes.Eu te conheço premonitória, dando consultas em mesas de bar, plantando esperanças porque a intuição disse que sim, vai dar certo, e deu.

Eu te conheço arrasada, opaca, ferida, feroz.Rabugenta.Confusa. E não é menos Gaby. É a outra ponta do extremo. A totalidade. Eu te conheço tendo recaídas, não sendo ingênua mas optando por acreditar no outro de novo, de novo, de novo. Mas só até a terceira vez. Eu te conheço com um mau-humor contagiante, com uma disposição esfuziante, com uma alegria solitária, com todos os teus amigos na praia, ou sozinha com os teus livros e uma canga à parte pra eles. A que evita altura porque quando olha pra baixo só pensa na queda.A amiga popular e agregadora. A que morre de ciúmes.

Eu nasci pra amar você porque sei dos teus desesperos, tropeços, anseios. Sei da tua honestidade quando sente.E dessa intranqüilidade pela falta de ambição.Te conheço acordando de madrugada só pra anotar uma frase.E fazendo da prosa poética teu sossego. Da vontade que você tem de voltar logo pra casa só pra escrever aquele texto que nasceu durante a caminhada. Das tuas roupas com cores desconexas.Da tua irritação com pessoas desconectadas. Tua preocupação com o lixo. Teu preconceito com o luxo. Teu boteco copo sujo.E a solidão permanente e o teu namoro com a escrita.

O que ainda posso dizer? Que você, Gaby, vive para a palavra, mas anseia viver exatamente aquilo que ela não alcança.
E é por isso que eu te amo além do amor.
Eu te amo para sempre. Hoje.

ELE_ Um Louco inesquecível

Eu sou aquelas páginas que ele arrancou, os suspiros que ele abafou, o prazer que ele omitiu, a transgressão, a poesia escondida entre as cartas não entregues...Era pra eu ter sido a brincadeira de uma noite, e, da garrafa de champagne, apenas a terceira taça.Depois tive que ser transformada num segredo,numa espécie de doença fatal.


Eu sou a pessoa pra quem ele ligava de madrugada, a quem ele visitava clandestinamente quando o outro saía. Eu sou o motivo de todas as brigas que ele provocou. Eu sou a concessão dele aos apelos sexuais do outro. E a tentativa de salvar uma relação falida. Mas me tornei um susto, um peso, o imprevisto pra quem tinha sua narrativa sob controle.


Eu sou aquele ponto e vírgula no lugar do ponto final de quem já tinha escrito o último capítulo do seu romance ideal.Ele nem imaginava que pudesse gostar tanto, ir além, sentir saudade quando estivesse sóbrio.Eu sou as metáforas novas, a viagem inventada, os quinze dias na casa de serra sem dar notícias alegando que precisava escrever isolada do mundo.Eu sou o orgasmo mais intenso, a febre entre os lençóis,a dança dos travesseiros coloridos.Eu sou o café-da-manhã na cama, o banho de duas horas, o beijo de vinte e cinco minutos.Eu sou o poema que relata o encaixe dos nossos seios e o beijo de todos os nossos lábios. A história sobre meninas, sobre fadas e o violão encostado na lareira pra desocupar os braços pro abraço mais longo.


Eu sou as páginas que ele desistiu de publicar pra se proteger, se preservar.


Fui arrancada da história dele como essas páginas.Fui escondida entre juras de um falso amor que ele fazia a ela. Eu sou as tantas frases amassadas, descartadas da seleção dos capítulos.Mas sou a poesia escrita, tatuada no corpo. Sou a única digital que ele não conseguiu tirar no banho.

Eu sou essa emoção que ele rasgou da narrativa pra que os holofotes se voltassem todos pra sua história de amor mais convencional_eu seria a quebra da linearidade, a falta de estrutura do texto, o capítulo independente do resto do livro, aquele que sobreviveu sozinho.


Eu sou o silêncio deitado nos quartos,a cor do baton no retrovisor do carro.Eu sou o buquê de tulipas invadindo as tardes desavisadamente.Eu sou o final da espera, o amor de outras esferas.


Mas o que sei dele?Era um louco.Muito bem articulado, sedutor e completamente despudorado.Apertava meus braços com força,mordia minhas coxas com paixão e fúria, puxava meus cabelos, empurrava o meu rosto como quem desiste de dar o tapa.E , quando eu estava absolutamente entregue, quando eu estava quase suplicando a penetração, quando meus quadris se arcavam buscando o encaixe dele, me empurrava pro outro lado da cama e buscava a ela, que nos observava tocando-se com uma timidez que mais parecia culpa.


Sim, ele era um louco. Mas só me possuiria quando ela não mais conseguisse pensar nada além de gemer e balbuciar palavras fraturadas.E ele me abandonaria antes que ela voltasse daquele sonho bonito.


Sim, ele era um louco inesquecível.

(Eu estava pensando em você meu pretinho)

Voltando pra dentro de mim!

Ah, meu amor, as coisas são muito delicadas. A gente pisa nelas com uma pata humana demais, com sentimentos demais. Só a delicadeza da inocência ou só a delicadeza dos iniciados é que sente o seu gosto quase nulo. Eu antes precisava de tempero para tudo, e era assim que eu pulava por cima da coisa e sentia o gosto do tempero. (Clarice Lispector)

Não tenha medo de voltar pra casa. Volte pro Lugar Sagrado onde poderá resgatar sua força! A delicadeza não é fragilidade! O amor não é complicado! O vazio é um espaço pra crescer e "entusiasmo", em grego, significa "ter um deus dentro"! A sua felicidade é SUA responsabilidade, seu compromisso com a vida ... E , sabe a Beleza?! Ela é todo esse processo... O processo de redescobrir coisas que a gente acha que já sabia porque já se falou com tanta maestria sobre elas... Exerça a Beleza de "não saber" para poder redescobrir.... Tenha mais cuidado com você, não espere isso do outro. Você sabe das suas carências, das suas fases, das suas lacunas. O outro sabe das dele. Às vezes há o encontro perfeito, o encaixe. Em outras, há a mudança brusca pedindo outras conquistas, outras evoluções. Permita-se ser a nova pessoa que acorda todos os dias com mais sede de tudo... Permita-se conhecer a nova pessoa que se relaciona com você diariamente: com outra disposição pra vida, pro amor, pra relação. O problema não está em você:sua luz é própria, é imensa. O problema não é o amor: ele é o nosso grande e constante aprendizado. O problema só está no medo. A ferida só nos pede que cuidemos dela para que seja curada. E pra isso, é preciso olhar minuciosamente e com muito carinho pro lugar que está doendo.

Estou adiando. Sei que tudo o que estou falando é só pra adiar_ adiar o momento em que terei que começar a dizer, sabendo que nada mais me resta a dizer. Estou adiando o meu silêncio. A vida toda adiei o silêncio? mas agora, por desprezo pela palavra, talvez eu possa começar a falar.
(Clarice Lispector)

sábado, 10 de abril de 2010

A Irmã que a vida me permitiu escolher!

Hoje é Sábado. O tempo está indeciso e meu coração meio nublado. Vezenquando um raio de sol recorta meu olhar. E eu sinto um pequeno alívio.Eu sei que você vai sentir falta de tanta coisa. Eu sei que vou sentir tanta falta de você. Mas nós sabemos que toda ousadia é uma forma de obter mais da vida. E você sempre fez isso lindamente. (Nem que fosse pra eu aprender que é possível desapegar-se repentinamente e voar.) Porque o mundo é tão imenso e as viagens pra dentro talvez sejam as mais longas. E nessas que fiz e estive ausente, tão ausente, você soube escutar no meu silêncio a necessidade que eu tive de isolamento. E me amou mais e melhor por esta honestidade. Porque você me conhece no pequeno gesto. Gó, eu nunca fui a Nova Iorque, mas eu sei que lá as pessoas têm cabelos coloridos e que neva no INverno, época do seu aniversário. E você fica tão linda com roupa de frio. Me mande uma foto, sim? Por aqui, eu te prometo tentar fazer alguma coisa pra surpreender a mim mesma. Eu sei que você gosta de me ver plena, experimentando levezas. Eu sei que nunca haverá distâncias. Nunca houve. E que em pensamento estaremos em companhia: na primeira taça de vinho, no primeiro momento de medo, na total sensação de segurança, no raio de sol recortando a retina, na paisagem branca, no beijo quente que o cachecol dá no nosso pescoço. E vou dar mil mergulhos no mar por você. E não mais sentir medo da felicidade, eu prometo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

TALVEZ

... Talvez a verdadeira intimidade eu só tenha buscado com as palavras. E eu me entupi delas no momento em que poderia estar aprendendo alguma coisa com alguém. Talvez eu aprenda a ser mais silenciosa; a usar palavras menos aflitas, a falar mais com o olhar. Porque me entupindo de palavras eu me defendo cuspindo-as em alguém que tente uma aproximação.

Faço um muro de palavras entre mim e as pessoas. Sou autoexplicativa só pra confundir.

Talvez eu tenha nascido para uma vida desapaixonada e culta. Talvez eu nunca tenha olhado verdadeiramente o outro; e só tenha visto o texto pronto que criei acreditando nele. Talvez eu não conheça o que julgava ter acesso cognitivo. E isso me entupiu de certezas que eu não soube abandonar ao longo do caminho.

Uso palavras para não sofrer, para plagiar uma dor, pra fingir que sou leve e que está tudo bem. Uso palavras pra falar de uma chuva que talvez eu não conheça porque não me permiti ficar encharcada dela. E ela virou a metáfora de um relacionamento_ o que pode ser tristemente poético.

Talvez eu só tenha sentido saudade pra falar de outras coisas. Pra usar a palavra "saudade" mesmo, que eu adoro. Acho que estou muito cansada. Falei demais das coisas e , no entanto, não toquei verdadeiramente em nada. Observei e descrevi, cheia de filtros semânticos. Dentro da minha limitação eu interpretei o Universo para que eu coubesse nele, em mim. E alienei as pessoas dentro de conceitos. E arranjei um sentimento pra cada coisa. E pensei que assim, tudo estaria em ordem, sob controle.

Eu que me julgava não julgadora, me considerava livre, agora tendo que empurrar as grades dessa prisão de certezas que criei pra mim. Sem poder culpar ninguém. Usando um discurso de alguém que não quer magoar o outro pra descobrir que no fundo só me importei comigo mesma e com os meus medos. Não deixei que o outro experimentasse o que havia de melhor ou de pior em mim. Não deixei que ele escolhesse.Mantive o muro de palavras e o meu discurso pronto pra continuar a salvo do outro lado. Eu que sempre falei de pontes...

Talvez eu seja uma farsa. Talvez eu seja virtualmente inacessível. Alguém que se entope de adjetivos pra entender as coisas e dizer que não se preocupa em entender nada. Eu que sempre falei de amor, não amei o outro em toda a dimensão da pessoa que ele é. Talvez eu tenha me preocupado mais com as vírgulas que não usei nas cartas de amor que escrevi que com as pessoas que as receberam e que se julgaram amadas. Talvez eu só tenha dançado pra fingir que gostava de música. Talvez eu só tenha bebido pra fazer parte de um círculo social. Talvez eu só tenha aceitado certas coisas pra poder ser chamada de amiga_ e usei levianamente a palavra amizade.Talvez eu tenha me apaixonado diversas vezes pra fazer parte do círculo de pessoas que sorriem diferente porque estão amando_ e sofri as carências que intercalam as paixões como se fossem reais. Talvez eu tenha rompido relações pra escrever cartas de despedida e mostrar como eu dominava a dor ao escrevê-la. Talvez eu só tenha experimentado as relações dentro da literatura.

Acho que estou realmente cansada. Falei demais sobre tudo e continuo no escuro. E a minha recusa em tocar nas coisas me impede de sair tateando em direção à luz. E mais uma vez eu uso palavras pra tentar me defender de algo, de mim.Talvez eu precise parar de ler Clarice Lispector... Talvez eu devesse escrever uma carta em branco pra dizer que quero silenciar: que se o silêncio ainda estiver esperando por mim, eu aceito. Preciso esquecer as palavras, preciso me despedir delas para começar a experimentar a vida com honestidade. Talvez silenciando eu consiga ser mais honesta com você. Eu que precisei escrever tanto pra dizer isto: que preciso silenciar.

Talvez eu só tenha escrito isso tudo pra conseguir chorar... E usar a palavra "talvez" pode ser o início do abandono de tantas certezas; o início do uso mais corriqueiro da frase “eu não sei".

Talvez isso seja um começo de alguma coisa;
Talvez isso seja um fim.
Talvez sejam apenas hormônios do período menstrual...
Mas isso tudo se parece muito com tristeza...
EU NÃO SEI.

Um Momento

" Era alguma coisa que seria amor ou não seria. Caberia a ela, entre milhares de segundos, dar a leve ênfase de que o amor apenas carecia para ser..."
( Clarice Lispector, quem mais?)

E há o momento. Há aquele momento em que na confusão da noite, no meio da festa, entre um gole e outro de cerveja, numa frase específica de uma música qualquer que diga exatamente o que se passou, há aquele momento único e quase solitário em que dançamos de olhos fechados com nossas dúvidas e dívidas de resolução. Há nisso tudo um momento ínfimo de silêncio interior onde oscilamos entre milésimos de segundos se escolheremos o sim ou o não, o ir-se ou deixar-se ficar, olhar firme ou desviar o desejo contido na retina, afastar-se pra olhar de longe ou deixar-se encostar e atravessar com o calor da vontade os tecidos do outro corpo num leve roçar de braços...

E quase sempre a escolha é a mesma: saimos correndo, querendo, resistindo, assustados demais com o que poderia acontecer de bom, revestidos com nossas capas de chuva, impermeáveis pra qualquer tipo de coisa boa que possa doer depois... Saimos correndo dramáticos, previsíveis, entorpecidos de álcool, solidão e nossas inúmeras lacunas acumuladas. Saimos correndo de medo, dentro da noite de frio espesso ou calor abafado, de desejo gordo, escolhendo o desencontro com uma expressão reticente no rosto e nossos corações tumultuados de ausências............................................................................................

E, no entanto



(Eu tô mexendo nos papéis velhos e nas nossas incompletudes).Escrevi sobre tuas mãos no dia em que o esmalte vermelho descascado parecia gotas de sangue seco em tuas unhas.Você estava triste e, no entanto, sorria: nunca vi tanta amargura revelada num sorriso.(Achei naquelas folhas soltas do caderno abandonado a história áspera de um amor que chegara trazendo angústias; a visão de uma Primavera, toda ela, de flores mortas. Achei o cartão postal, o poema rabiscado em cima da perna num pedaço de guardanapo engordurado).Tuas mãos, tão trêmulas, tantas veias grossas, tuas palmas ásperas, bem me lembro da firmeza com que segurava as coisas, do teu apego, do medo de deixar cair.Você vivia entorpecida passeando pela casa, desarrumando os quartos, esvaziando cinzeiros. Os discos espalhados pela sala.(Uma frase de Drummond naquela foto antiga, a letra ilegível, a frase indecifrável).O sangue seco nas tuas unhas.(Tanta amargura naquela carta.A Primavera de folhas secas e flores mortas).E no entanto, você falava de amor...Tonta,trêmula e ausente segurando as coisas com força, em meio aquele abandono.

No teu sorriso.

Tudo tão frágil.

(E, no entanto).

Relacionamentos

(...)Os grandes relacionamentos que tive foram os que me renderam as melhores metáforas. Que me despertaram uma vontade constante de ser uma pessoa cada vez melhor e mais inteira. Que me deram colo e não conselho e beijo na boca quando o silêncio ainda era a melhor resposta. Algumas dessas pessoas se foram antes que eu pudesse lhes contar uma história bonita e eu chorei feito menina. Outras ficaram até descobrir que uma caixa de quiwís era o melhor presente que eu poderia ganhar no meio de uma tarde triste...Outras, ainda, me cobraram respostas demais e eu só sabia que nunca aprendi a andar de perna de pau porque tenho medo de altura (o que por um lado pode ser também resposta para várias outras coisas). Mas todas essas pessoas me desenvolveram e isso ficou comigo; são minhas porque faziam parte do meu potencial amoroso e elas vieram só pra me conduzir ao melhoramento do meu amor. Hoje o meu grau de exigência aumentou muito porque aprendi que dar amor não é a mesma coisa que dar carência. Por isso fico sozinha pelo tempo que for necessário para ter novamente essa sensação de "encontro". Abandonei um monte de certezas, recuso sem pudor algumas regras e desrespeito várias vezes as placas de aviso de perigo. Me divirto muito ou sofro, mas tenho cada vez mais faisquinhas nos olhos por viver as coisas em sua totalidade, sem recusar experiências e aproveitando diversas possibilidades. O que posso dizer é que existem na vida pessoas sedutoras e seduzíveis por quem nos apaixonaremos "definitivamente" todos os dias e que amaremos "para sempre"... hoje!

Agora, tem uma lado muito romântico meu que diz que a "tal pessoa" virá e enroscará uma margaridinha nos meus cabelos cacheados, fazendo pousar no meu rosto o sorriso de um beija-flor... ;-) e plagiará Neruda sussurrando ao pé do ouvido: "Quero fazer com você, o que a Primavera fez com as cerejeiras..."

(Obrigada pela confiança derramada naquela carta.Hoje é sexta-feira,e tem sol!!! Sigamos em frente, ensolarados.Um final-de-semana cheio de entusiasmo pra todos nós).

Repetições


Mesmo no que se repete permanece alguma novidade:
A vida, em sua plenitude sexual, ainda conserva a virgindade.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Trechos de carta

Este post são trechos de uma carta escrita pelo Caio Fernando Abreu que poderia ter sido escrita por mim (pelo menos intencional e mentalmente, rs)...É linda, honesta e profunda de doer...

“(...) Não era nada com vc. Ou quase nada. Estou tão desintegrado. Atravessei o resto da noite encarando minha desintegração. Joguei sobre vc tantos medos, tanta coisa travada, tanto medo de rejeição, tanta dor. Difícil explicar. Muitas coisas duras por dentro. Farpas. Uma pressa, uma urgência.
E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça.Com requintes, com sofreguidão, com textos que me vêm prontos e faces que se sobrepõem às outras. Para que não me firam, minto. E tomo a providência cuidadosa de eu mesmo me ferir, sem prestar atenção se estou ferindo o outro também.
(...) Discutia tanto com Ana Cristina César, antes que ela acolhesse a morte: nossa necessidade fresca e neurótica de elaborar sofrimentos e rejeições e amarguras e pequenos melodramas cotidianos para depois sentar Atormentado e Solitário para escrever Belos Textos Literários.
O escritor é uma das criaturas mais neuróticas que existem: ele não sabe viver ao vivo, ele vive através de reflexos, espelhos, imagem, palavras. O não-real, o não-palpável.Vc me dizia “que diferença entre vc e um livro seu”. Eu não sou o que escrevo ou sim, mas de muitos jeitos. Alguns estranhos.
Não há nenhum subtexto nisto que te escrevo. Não acho bonito que a gente se disperse assim, só isso. Encontre, desencontre e nada mais, nunca mais, é urbano demais (...) Não sei se em algum momento cheguei a ver vc como Outra Pessoa, ou, o tempo todo como Uma Possibilidade de Resolver a Minha Carência.Estou tentando ser honesto e limpo. Uma Possibilidade que eu precisava devorar ou destruir. Porque até hoje não consegui conquistar essa disciplina, essa macrobiótica dos sentimentos, essa frugalidade das emoções. Fico tomado de paixão.
Há tempos não ficava.
(...) De repente me passa pela cabeça que vc pode estar detestando tudo isto, e achando longo e choroso e confuso. Mas eu não quero ter vergonha de nada que eu seja capaz de sentir.
(...) Somos muito parecidos, de jeitos inteiramente diferentes: somos espantosamente parecidos...Perdoe a minha precariedade e as minhas tentativas inábeis, desajeitadas, de segurar a maçã no escuro. Me queira bem.
Estou te querendo muito bem neste minuto.Tinha vontade que vc estivesse aqui eu pudesse te mostrar muitas coisas, grandes, pequenas, e sem nenhuma importância, algumas.
Fique feliz, fique bem feliz, fique bem claro, queira ser feliz. Vc é muito lindo e eu tento te enviar a minha melhor vibração e axé. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para vc, para mim.
P.S.: Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem vc nem eu somos descartáveis.
E amanhã tem sol!"

O tempo e o vento

"O tempo passou. Dizem que o tempo é remédio pra tudo. O tempo faz a gente esquecer. Há pessoas que esquecem depressa. Outras apenas fingem que não se lembram mais."
Vasculhando nas memórias algum assunto, encontrei a carta que eu rabisquei na capa de um livro: “pra você”, era o destinatário. Não sei por que não mandei, talvez não quisesse passar a limpo o passado. Em letras garrafais eu te dizia: “acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque desrespeitei todas as placas de aviso”. E achei curioso eu usar essa metáfora sem nem ao certo saber o que queria te dizer com isto. E depois de repousadas aquelas palavras eu percebi quanta coisa eu escrevi pra você, querendo dizer pra mim. Porque eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias, perder o rumo, perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço, uma provável ponte: a entrada do encontro.Você tão ocupado com seus mapas, tão equipado com sua bússola, demorou tanto, fez sinais de fumaça e não veio. Você simplesmente não veio. Mas me ensinou a intuir caminhos certos, a confiar nos passos, a desconfiar dos atalhos. Porque eu estava do outro lado e só. Sem amparo. Mas caminhava. E você estava absolutamente equipado com seu peso. E impedido de andar por seus medos.

Agressão verbal Homens X Mulheres

Ela:


Seu babaca escroto, animal filho da puta, ladrão, salafrário, viciado , preguiçoso, vagabundo, corrupto, pão duro, mau-caráter, sanguessuga, imbecil, cachaceiro, mulherengo, chifrudo ordinário, idiota, bêbado, burro, inútil, você é um resto de merda que não serve pra porra nenhuma, seu maldito desgraçado imprestável do inferno ! ! !



Ele:

Gorda!

Só!

You Are Not Alone Você Não Está Só

Another day has gone Mais um dia se passou
I'm still all alone Eu continuo sozinho
How could this be? Como pode ser?
You're not here with me Você não está aqui comigo
You never said good-bye Você nem se despediu
Someone tell me, why? Alguém me diga por que
Did you have to go? Você teve que partir?
And leave my world so cold? E deixar meu mundo tão frio?

Everyday I sit and ask myself Todo dia eu sento e me pergunto
How did love slip away? Como o amor foi se esfriar
Something whispers in my ear and says: Alguma coisa sussurra no meu ouvido e diz:

That you are not alone Que você não está só
I am here with you Eu estou aqui com você
Though you're far away Mesmo você estando distante
I am here to stay Eu estou aqui para ficar
You are not alone Você não está só
I am here with you Eu estou aqui com você
Though we're far apart Mesmo nós estando distantes
You're always in my heart Você sempre estará em meu coração
You are not alone... Você não está só...

Alone, alone Só, só
Why? Alone! Porque? Só!

Just the other night Outra noite
I thought I heard you cry Eu pensei ter ouvido seu choro
Asking me to come Pedindo para voltar
And hold you in my arms E te envolver nos meus braços
I can hear your prayers Eu posso ouvir suas preces
Your burdens I will bear Seus fardos eu carregarei
But first I need your hand Mas primeiro eu preciso da sua mão
Then forever can begin Então a eternidade pode ter início

Everyday I sit and ask myself Todo dia eu sento e me pergunto
How did love slip away? Como o amor foi se esfriar
Something whispers in my ear and says: Alguma coisa sussurra no meu ouvido e diz:

But you are not alone Mas você não está só
I am here with you Eu estou aqui com você
Though you're far away Mesmo você estando distante
I am here to stay Eu estou aqui para ficar
You are not alone Você não está só
I am here with you Eu estou aqui com você
Though we're far apart Mesmo nós estando distantes
You're always in my heart Você sempre estará em meu coração
You are not alone... Você não está só...

Oh...whisper three words and I'll come running Oh... Sussurre três palavras e eu virei correndo
Fly...and girl you know that I'll be there Voe... E menina você sabe que eu estarei lá
I'll be there... Eu estarei lá...

But you are not alone Mas você não está só
I am here with you Eu estou aqui com você
Though you're far away Mesmo você estando distante
I am here to stay Eu estou aqui para ficar
You are not alone Você não está só
I am here with you Eu estou aqui com você
Though we're far apart Mesmo nós estando distantes
You're always in my heart Você sempre estará em meu coração
You are not alone... Você não está só...

But you are not alone Mas você não está só
(You are not alone) (Você não está só)
I am here with you Eu estou aqui com você
(I am here with you) (Eu estou aqui com você)
Though you're far away Mesmo você estando distante
(Though you're far away, you are near) (Mesmo você estando distante, você está perto)
I am here to stay Eu estou aqui para ficar
You are not alone Você não está só
(You are always in my heart) (Você está sempre em meu coração)
I am here with you Eu estou aqui com você
Though we're far apart Mesmo nós estando distantes
You're always in my heart Você sempre estará em meu coração
You are not alone... Você não está só...

terça-feira, 6 de abril de 2010

Tocando em frente

Ando devagar porque já tive pressa
Levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei
Eu nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou

Todo mundo ama um dia.
Todo mundo chora
Um dia a gente chega
e no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Teste

Teste o seu subconsciente!

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Paciência

No parque, uma mulher sentou-se ao lado de um homem.
Ela disse:
Aquele ali é meu filho, o de suéter vermelho deslizando no escorregador.

- Um bonito garoto - respondeu o homem - e completou: - Aquela de vestido branco, pedalando a bicicleta, é minha filha.

Então, olhando o relógio, o homem chamou a sua filha.

- Melissa, o que você acha de irmos?

Mais cinco minutos, pai. Por favor. Só mais cinco minutos!

O homem concordou e Melissa continuou pedalando sua bicicleta, para alegria de seu coração.

Os minutos se passaram, o pai levantou-se e novamente chamou sua filha:
- Hora de irmos, agora?

Mas, outra vez Melissa pediu:
- Mais cinco minutos, pai. Só mais cinco minutos!

O homem sorriu e disse:
- Está certo!

- O senhor é certamente um pai muito paciente - comentou a mulher ao seu lado.

O homem sorriu e disse:

- O irmão mais velho de Melissa foi morto no ano passado por um motorista bêbado,

quando montava sua bicicleta perto daqui. Eu nunca passei muito tempo com meu filho e agora eu daria qualquer coisa por apenas mais cinco minutos com ele.

Eu me prometi não cometer o mesmo erro com Melissa.
Ela acha que tem mais cinco minutos para andar de bicicleta.
Na verdade, eu é que tenho mais cinco minutos para vê-lá brincar...

Em tudo na vida estabelecemos prioridades.
Quais são as suas?

Lembre-se: nem tudo o que é importante é prioritário, e nem tudo o que é necessário é indispensável!

Dê, hoje, a alguém que você ama mais cinco minutos de seu tempo.

"Aquele que procura um amigo sem defeitos termina sem amigos."

O IMPORTANTE É O FOCO.

Um paciente vai num consultório e diz pro psiquiatra:
- Toda vez que estou na cama, acho que tem alguém embaixo.
Aí eu vou embaixo da cama e acho que tem alguém em cima. Pra baixo, pra cima, pra baixo, pra cima. Estou ficando maluco!
- Deixe-me tratar de você durante dois anos. - diz o psiquiatra.
- Venha três vezes por semana, e eu curo esse problema.
- E quanto o senhor cobra? - pergunta o paciente.
- R$ 120,00 por sessão - responde o psiquiatra.
- Bem, vou pensar - conclui o sujeito.
Passados seis meses, eles se encontram na rua.
- Por que você não me procurou mais? - pergunta o psiquiatra.
- A 120 paus a consulta, três vezes por semana, dois anos =R$ 37.440,00, ia ficar caro demais, aí um sujeito num bar me curou por 10 reais.
- Ah é? Como? - pergunta o psiquiatra.
O sujeito responde:
- Por R$ 10,00 ele serrou os pés da cama.

Muitas vezes o problema é sério, mas a solução pode ser muito simples.
HÁ GRANDE DIFERENÇA ENTRE FOCO NO PROBLEMA E FOCO NA SOLUÇÃO.
Foque uma solução ao invés de ficar pensando no problema.

Dor da Perda

O Maridão - Pra descontrair

O MARIDÃO

O marido acorda, vira para a mulher, dá um beliscão na bunda dela e diz:

- Se você fizesse exercício para firmar essa bundinha, poderíamos nos livrar dessa calcinha!

A mulher se controlou e achou que o silêncio seria a melhor resposta.

No outro dia, o marido acorda, dá um beliscão nos seios da mulher e diz:


- Se você conseguisse firmar essas tetinhas poderíamos nos livrar desse sutiã!

Aquilo foi o limite, e o silêncio definitivamente não seria uma resposta.


Então ela se virou, agarrou no pênis do marido e disse:


- Se você conseguisse firmar esse pauzinho, poderíamos nos livrar do carteiro, do jardineiro, do personal trainner, do meu chefe e até do vizinho!

#euri MUITOOO! KAKAKKAA

A BUNDA DURA (Arnaldo Jabor)

Tenho horror a mulher perfeitinha. Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece garota-propaganda de processo de clareamento dentário? E, só pra piorar, tem a bunda dura!!!

Pois então, mulheres assim são um porre. Pior: são brochantes. Sou louco?

Então tá, mas posso provar a minha tese. Quer ver?

a) Escova toda manhã: A fulana acorda as seis da matina pra deixar o cabelo parecido com o da Patrícia de Sabrit. Perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar-se no padrão 'Alisabel', que é legal... Burra.

b) Na moda: Estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da Elle do mês. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS! O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar desarrumada nem enquanto estiver transando.

c) Sorriso incessante: Ela mora na vila dos Smurfs? Tá fazendo treinamento pra Hebe? Sou antipático com orgulho, só sorrio para quem provoca meu sorriso. Não gostou? Problema seu. Isso se chama autenticidade, meu caro. Coisa que, pra perfeitinha, não existe. Aliás, ela nem sabe o que a palavra significa... Coitada.

d) Bunda dura: As muito gostosas são muito chatas. Pra manter aquele corpão, comem alface e tomam isotônico, portanto não vão acompanhá-lo nos pasteizinhos nem na porção de bolinho de arroz do sabadão. Bebida dá barriga e ela tem H-O-R-R-O-R a qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba onde começa a pornografia: nada de tomar um bom vinho com você. Cerveja? Esquece!
Portanto:
É melhor vc ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja,gosta de futebol, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica , faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranqüila e saudável, é desencanada e adora dar risada; Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps. Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e daí? Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução. Mas ainda não criaram um remédio pra FUTILIDADE!!
Arnaldo Jabour
E não se esqueça....

Mulher bonita demais e melancia grande, ninguém come sozinho!!!