Em algum momento na qual eu não me recordo, perguntei-me o que esperava dessa vida e pra que eu teria vindo ao mundo. E com todas as portas abertas e o coração receptivo à espera de alguém e muitas vezes sem esperar absolutamente nada, estava eu, pronta pra fazer aquilo que eu mais queria: Amar.
Eu sempre quis amar. Ter um diploma em alguma profissão, um trabalho que me servisse de hobby eram apenas prioridades abaixo. Sempre admirei romances, os bons e os que nos lembram muitas vezes que amar não é um mundo cor de rosa, mas um mundo aonde as pessoas se permitem viver com os batimentos cardíacos pulsando até a boca e compartilham vidas tentando transformar vidas em vida, juntas, únicas.
Desejei sempre até o ultimo momento um amor que me enchesse o peito como quando você toma um gole de ar, daqueles que se perdem as palavras. Um amor que aquecesse a casa e o coração. Que revirasse a minha vida, que eu ficasse maluca, arrumasse forças para enfrentar criticas, que eu chorasse sem motivos só de olhar nos olhos, que o medo de sofrer me bloqueasse, mas que não me impedisse de impedir alguém de partir até o último momento. Alguém que me fizesse mudar de cidade, de estado, de país, que me fizesse enfrentar todos os meus medos e dissesse: Eu largo tudo pra viver a sua vida.
E, que no final das contas me desse um abraço apertado que fosse capaz de me acalmar de toda loucura e euforia que corria pelo meu corpo. Eu sempre quis amar e sempre guardei o melhor de mim pra quando você chegasse.
E você chegou. Eu sempre soube que chegaria.
